Como proteger sua gravação de uso indevido

No mundo da locução e para quem trabalha com locução publicitária, especificamente, existem alguns recursos utilizados por motivo de segurança e para garantir que o áudio gravado não seja utilizado indevidamente. Em inglês usa-se o termo Slating, que em português soa como “carimbo”. Isso mesmo: dar uma marca ao áudio gravado a fim de “etiquetá-lo”.

Ao produzirmos uma narração de vídeo, por exemplo, antes de enviar para que o cliente aprove o trabalho, insere-se no áudio uma identificação, que pode ser: “Olá, eu sou a Linda Coelli” ou “Título do vídeo + cliente”. Essa “marca” geralmente vem no início da gravação, mas nunca deve ser longa ao ponto de tornar-se inconveniente, como: “Olá, meu nome é Linda Coelli, sou locutora publicitária, tenho um cachorrinho...”. É preciso ser breve e eficiente. Seu cliente deve ter muito que fazer e não quer perder tempo ouvindo 'um minuto' de gravação que não lhe interessa diretamente.

Outro lado positivo do ‘slating’, é que se sua gravação final contiver a voz de um personagem, ou seja, quando você não utiliza a sua voz padrão, ou ainda se você resolver gravar um tipo de voz específico para o carimbo, isso abre oportunidade para também apresentar seu lado, digamos, eclético, podendo gerar novas oportunidades, uma vez que isso mostra a versatilidade do profissional, o que conta muito.

Antes de qualquer coisa, o carimbo precisa estar ali, naquele áudio, de forma extremamente profissional, como uma etiqueta que identifica o produto. Ele pode também ser um carimbo padrão para todas as gravações. Cada locutor tem uma forma diferenciada de trabalhar o carimbo. Uma dica interessante é gravar pelo menos três vezes o mesmo texto do carimbo e ouvir várias vezes. Isso serve para qualquer tipo de trabalho. Quanto mais ouvimos nossa voz, melhor identificamos os erros e os pontos positivos que devem ser preservados.

E você, costuma utilizar o carimbo? Compartilhe conosco as suas experiências com esse recurso.

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